segunda-feira, 7 de abril de 2008

.... VIAGEM DE REGRESSO....

Bamako, Mali – quarta-feira, 2 de Abril de 2008


Quase um mês depois voltamos a escrever. Lamentamos a demora, mas não tivemos muito por onde escolher, visto na Guiné só haver Internet em duas cidades e a electricidade escassear na palhota que nos abrigou por mais de dois meses. De uma coisa nos resta a certeza: não temos jeitinho nenhum para planos a longo ou a curto prazo. Primeiro porque o dinheiro de que dispomos nunca chega para o que seria desejável, logo tivemos que esquecer as visitas à zona florestal, à nascente do Djoliba (Níger) e ao País Dogon (já no Mali).



Depois porque o destino não quis levar o grande Fadouba Oularé deste mundo tão cedo nem enquanto ele cá fizer tanta falta, o que nos levou novamente a refazer planos, visto já termos posto de parte uma visita ao Faranah, como já é normal, por razões de ordem económica. Mas falarei da experiência no Faranah um pouco mais adiante. Para já, e por ordem cronológica de acontecimentos, falarei um pouco sobre a experiência numa pequena aldeia que em termos de interesse nada fica a dever à região do Faranah ou à aldeia de Sangbara. Após a saída de Conacri, regressamos a Sangbarala onde fomos recebidos com a folia do costume, mas, passados cerca de três dias abandonávamos novamente a nossa base de trabalho na aldeia para visitarmos pela primeira vez uma outra aldeia, também esta na região do Hamana e na qual encomendamos três Djembés tradicionais. De nome Kokoudouning (pronunciado localmente como “Koukodiné”), esta pequeníssima “aldeia familiar” foi como que um oásis maior e com mais palmeiras do que o que encontramos em Sangbarala quando lá chegamos pela primeira vez. Fomos tratados exemplarmente e nunca comemos tanto e tão saboroso em toda a Guiné. Ficamos alojados com a família de Mamady Kanté, “Forgeron” (Ferreiro, neste caso Carpinteiro) da aldeia e a hospitalidade desta família bem como a sua capacidade para “lidar connosco”, em tudo o que isso significa, ultrapassou quaisquer expectativas que pudéssemos ter. Para não sermos forçados a remediar, prevenimo-nos com alimentos de Kankan, a segunda capital do país, uma espécie de cidade do Porto em Portugal. Destes alimentos, apenas cedemos à Mulher do Mamady um punhado de cenouras, para além do arroz que compramos com seu marido. Tudo o resto que comemos vinha da aldeia e estranhamente ao esperado as refeições tinham um sabor apuradíssimo. Soube-nos pela vida refastelarmo-nos como já há muito não fazíamos. Grande frango! – Não comíamos carne de tamanha qualidade há mais de dois meses! Mas, gastronomias à parte, o que nos levou a esta aldeia maravilhosa e acolhedora foi o registo do fabrico de um Djembé inteiramente tradicional, onde todo o tronco é escavado à mão e onde a montagem da pele não envolve ferros ou cordas de alpinismo, mas sim um “sistema de cordas” feito em pele de antílope cortada numa longa tira que é depois torcida e posta a secar ao sol, o que lhe confere uma resistência incrível. No dia em que chegamos à aldeia de Kokoudouning estava preparado um sacrifício para pedir aos demónios saúde, prosperidade para a aldeia e, claro está, dinheiro! Do sacrifício do bode e da galinha, para o qual fomos convidados a sentarmo-nos na primeira fila, resultou a preparação do almoço com os animais sacrificados, ali mesmo na mata, e a fome não desculpou o naco de carne que nos calhou a cada um.

Depois do trabalhoso sacrifício, tal como já acontecera antes deste, houve música claro está e o Mando foi convidado a tocar o Dounumba da aldeia! Registamos um pouco dos preparativos, mas fomos logo avisados de que não poderíamos registar o sacrifício nem o seu local específico. – Nada de grave! O que nos levara a Kokoudouning era o registo do fabrico de um Djembé tradicional e disso não nos pudemos de forma nenhuma queixar. No dia seguinte partimos bem cedo para o mato e tivemos o privilégio que muito poucos “tocadores” de Djembé tiveram. Observamos o mítico corte do Lenké, árvore cuja madeira produz o melhor som para os Djembés, com direito a cerimónia incluído. O demónio que habita o Lenké autorizou o corte da árvore quando as nozes de cola lançadas ao ar pelo Mamady caíram ao chão numa posição especifica e esta foi derrubada pelo seu machado e pelo do seu irmão mais novo de nome Lanfiya. Daí foi cortado um cepo que logo ali, no mato, foi desbastado à machadada adoptando rapidamente a forma “bi-cónica “ de qualquer Djembé. Ainda muito tosco mas muito mais leve do que o cepo que lhe deu origem, a madeira foi levada no porta-bagagem da bicicleta até à sombra de uma Mangueira à entrada da aldeia, onde o trabalho foi concluído exemplarmente. Com uma boa forma, arestas bem limadas e bem banhado a “Tuloungbé” (vulgo Carité), procedeu-se então à montagem tradicional com pele de antílope. Uma pele cobre a cabeça do Djembé e é esta que, quando tocada com as mãos, vibra produzindo o som que conhecemos como o do Djembé (tal como qualquer bombo minhoto ao ser atingido pela força da grande baqueta). A outra pele é cortada numa fina mas longa tira em espiral das pontas até ao centro, que, depois de torcida sobre si mesma é posta assim a secar ao sol. Depois de seca fica rígida mas algo maleável e muito resistente, sendo depois utilizada como corda para aparelhar a primeira pele. Este método tradicional não permite a afinação do instrumento, ficando esta ao sabor da temperatura da pele. Tradicionalmente, antes de qualquer cerimónia, os músicos aqueciam as peles com palha a arder, como forma de as esticar, ou colocavam simplesmente os instrumentos ao sol ou em frente a uma fogueira. Com o calor a pele encolhe ganhando tensão e ganhando também um som mais agudo. – Afinaram-se assim milhares de Djembés em todo o Continente Africano durante milhares de anos. Hoje em dia, a montagem envolve apenas uma pele, que é tocada, sendo a segunda pele substituída por ferros e cordas de alpinismo. Isto permite esticar posteriormente as cordas de forma a afinar o instrumento. De tão tosco este Djembé se torna bonito e eu não poderia levar para casa melhor recordação desta viagem e do projecto que lhe deu origem. O Mando aproveitou para mandar fazer uns Cloches (sinos) para os doundouns dos Madandza, que certamente resistirão à fúria desmesurada do Zé Puto. Estes, feitos no Hamana, região de onde são originais, foram moldados a partir de uma placa de ferro com cerca de um centímetro de espessura, entre horas de carvão incandescente e marteladas impiedosas. - “Estes o Zé não vai partir carago” dizia-nos o Mando com um orgulhoso sorriso enquanto os segurava na mão.



Estava cumprida a missão em Kokoudouning e podíamos retornar à aldeia para preparar rapidamente a viagem à região do Faranah. No que me diz respeito, este regresso a Sangbarala após três dias de ausência foi o mais caloroso. As crianças do bairro correram até nós gritando os nossos nomes quando nos viram dobrar a esquina arredondada das palhotas e as minhas pernas foram abraçadas por meia dúzia de bracinhos pequeninos.
Foi Namori Djan, o Djembé Fola de Sangbarala e dono da palhota que nos alojou na aldeia, que nos telefonou de Conakry, antes de partirmos até Kokoudouning, para nos avisar que a morte de Fadouba Oularé não passava de um boato de muito mau gosto e isto, claro está, fez-nos rescrever com entusiasmo os planos da viagem. Após a chegada de Kokoudouning permanecemos um dia na aldeia e zarpamos para o Faranah ansiosos pelo encontro com Fadouba Oularé e foi na companhia deste que ficamos durante os três dias em que permanecemos na vila. Não ficamos a conhecer muito desta região pois o pouco tempo que lá permanecemos, passamo-lo na companhia deste senhor, mestre indubitável do Djembé e da percussão Malinké. A sua casa fica no topo de uma colina, tal como Sangbarala, quase banhada pelo Djoliba (Níger) e de onde se pode avistar a chuva lá ao longe sobre as verdes planícies. Apesar de muito perto do Centre Ville, a sua casa tem o isolamento necessário a uma estadia agradável. Já por seu lado a companhia de Fadouba e de alguns dos seus 34 filhos ultrapassa o escalão do agradável para um panorama quase surreal de divertimento e boa disposição. Este senhor nascido em meados da década de 30 tem um à-vontade fora do comum e uma postura hilariante.

Como já expliquei no último texto que escrevi para este blogue, Fadouba foi o primeiro solista dos Ballets Africains, criados em 1958 pelo ministro da cultura e desporto da altura, e à custa disso percorreu mundo. Tocou em muitos países de vários continentes e como o regime do presidente Sekou Touré tinha bases e ligações comunistas, estes Ballets ultrapassaram facilmente a chamada muralha de ferro permitindo aos Ballets chegarem a quase todos os países do mundo mais desenvolvido da altura. É por isto e por muito mais, uma das três lendas vivas do Djembé, apesar de bastante menos acessível do que as outras duas lendas que vivem na Europa e Estados Unidos, como Famoudou Konaté e Mamady Keita. Fadouba sempre viveu na Guiné e para o conhecer é preciso lá ir, com tudo o que isso implica para um ocidental. Sem o chapéu que já lhe é característico recebeu-nos com um abraço, como se já nos conhecesse, e convidou-nos a sentar. Conversamos um pouco sobre o boato da sua morte, sobre o estado actual da percussão Malinké, sobre os ritmos originais do Faranah, sobre a sua vida artística e a possibilidade de dar umas horas de aulas ao Armando, e, finalmente explicamos-lhe o que nos levava realmente a procurá-lo. Aí os meus receios perderam todo o sentido! Foi sorridente que nos disse que não entrava em demagogias e que só dizia a verdade (fossem todos assim!), que me cedia a tal entrevista e as tais aulas ao Armando.



Marcamos tudo para os dias seguintes, e fomos tratar das contas para a palhota do “economista”. Outra figura impar! O interior desta palhota apresentava os sinais do seu proprietário que não sei bem como descrever, visto apresentar uma peculiar indumentária e uma forma de estar não menos particular. Os preços eram exorbitantes e então pareciam surgir os primeiros problemas no Faranah. Estes nunca chegaram realmente a sê-lo pois a aparente intransigência do “economista” foi bastante contrastada pela modéstia de Fadouba, que, ao aperceber-se de como trocamos olhares entre nós sem saber bem o que fazer perante tais exigências, acabou por nos perguntar quanto estávamos dispostos a pagar. Apercebeu-se também certamente de que não éramos como são normalmente os brancos que ali chegam. Não éramos frescos na Guiné, conhecíamos os preços normais da comida, alojamento e aulas de percussão e creio que foi mais isso do que propriamente os olhares que trocamos que o fez deixar-nos decidir o que pagar. Apercebeu-se também de que éramos pessoas justas e humildes e não pode ele, Grande Fadouba, deixar de agir com a mesma justiça e humildade. Depois dos orçamentos acertados, pagamos adiantado e fomos conhecer a nossa espaçosa palhota com duas camas. Entrosamos amizade com os filhos músicos do velhinho e com um francês que vinha do México para aprender percussão. Alguns com rastas, e todos com uma pinta que comparo facilmente à das personagens do filme brasileiro “Cidade de Deus”, estes jovens têm, segundo o Mando, talento para a música tradicional da sua região, também, com um pai daqueles mal seria se não tivessem. Apresentaram-se sempre extremamente prestáveis e amigáveis e ficamos com pena de não termos oportunidade para os conhecer melhor, tal como a seu pai.

Entre as conversas que trocamos com Fadouba falamos sobre o que se passa em Conakry e com os brancos que lá chegam para aprender percussão, falamos também sobre o seu estado actual e o dos seus filhos e foi exaltado que nos explicou que já tinha sabido que se dizia na “internek” que ele tinha morrido, como forma de desinteressar os ocidentais numa ida ao Faranah. – “Fadouba c’est pas mort. Fadouba, il est bien vivent!” dizia-nos exaltado. Pois bem, este ícone do Djembé mundial provou-nos na noite seguinte que tinha a vitalidade de um jovem apesar dos seus cerca de 80 anos, enquanto dançava com a máscara Kawa de forma energética, e a forma como deslocava uma cadeira ou como se sentava ou levantava desta já nos tinham feito prever que aquele velhinho tinha pouco a ver com um normal velhinho português. Tal como acontecia no nosso país e no resto do mundo há poucas gerações atrás, toda a gente trabalha tanto com o corpo como com a cabeça e dadas as adversidades da vida este trabalho não é propriamente leve. E fazem-no até à morte, dando-lhes isto uma apetência física e uma lucidez fora do comum para um “octogenário dos tempos modernos”.


Tínhamos chegado ao Faranah com chuva e deixávamo-lo com um sol quente mas nunca tórrido. Retornávamos à, mundialmente mais famosa, aldeia Guineense de Sangbarala para os últimos registos e um descanso que nunca existiu antes de partirmos para o terceiro e ultimo capítulo desta viagem – o nosso regresso a casa.Chegados à aldeia, reencontramos o Miguel, o espanhol com quem combinamos um regresso até Marrocos em conjunto, distribuímos as ultimas roupas e bolas para a canalha, filmamos e fotografámos o que nos faltava, fomos a Kokoudouning buscar os Djembés e uns almofarizes que encomendamos para levar para casa e ultimamos os preparativos para a partida. Depósitos de água e gasóleo atestados, carregamos a Aurora com o pouco que lhe faltava e dormimos a ultima noite na praia do Djoliba. Eu e o Leal sob as estrelas, e o Mando na tenda, com o Banjo, que inicialmente dormia ao relento coberto somente por um lençol e que eu e o Leal metemos na tenda quase a empurrão depois de o acordarmos em sobressalto tal forte era a sua tosse. Rimo-nos bastante com as expectativas que tínhamos de o Banjo acordar a meio da noite sem perceber como poderia sair da tenda, ou de como reagiria o Mando ao perceber que tinha um “estranho” a dormir com ele na tenda. Neste período de despedida, pessoalmente, esforço-me por não me recordar muito do que esqueci e do que deixei por fazer. Espero que não nos falte nada para fazer render bem este peixe. Não vale mesmo a pena chorar sobre uma quantidade desconhecida de leite derramado e só me resta a esperança de ter registado o suficiente e com um aproveitamento razoável para beber mais do que o que deixei derramar. Nestas coisas derramamos sempre algum leite, mesmo que não nos apercebamos disso! Na última manhã que passamos na Guiné, acordamos, como de costume a custo do Armando, que é sempre o primeiro a deitar-se e inevitavelmente o primeiro a acordar. O Mama já estava na outra margem e foi com o Banjo e com o Alpha que estas e outras personagens se despediram de nós pela última vez nesta viagem. Soube-nos a pouco, esta soube-nos a pouco! Apesar nostálgicos (como dizia o DMX na ultima noite na praia) e tristes, estávamos entusiasmados com o regresso a casa e com a viagem que faríamos, desta vez com o hilariante e nunca aborrecido Miguel. Esperam-se grandes momentos com este espanhol que já correu mundo e certamente, Portugal está marcado a traço grosso na sua rota futura.







Paramos em Kankan para as ultimas compras de apetrechamento da Aurora e ao final da tarde estávamos na fronteira. Às onze da noite entrava-mos em Bamako, capital do Mali e instalamo-nos na Missão Católica onde já tínhamos ficado aquando da última passagem por esta cidade. Já temos os vistos para a Mauritânia que, apesar de caros, foram rápidos de obter. E apesar de gostarmos da ideia de permanecer aqui uns dias para conhecer melhor Bamako, sabemos não ter dinheiro para isso num país em que os preços mais do que triplicam quando comparados com os da Guiné Conacri, chegando mesmo alguns a ultrapassar em dez vezes os do país vizinho. Amanhã bem cedo zarpamos rumo à Mauritânia onde não temos paragens agendadas que não sejam para dormir e comer quando necessário. Estes dois países que se interpõe entre a Guiné e Marrocos apresentam-nos preços que nos fazem reduzir as necessidades. - Se bem me lembro os preços na Mauritânia têm um valor próximo dos portugueses e nós nem para isso temos. Avinha-se uma viagem quente mas hilariante. O Miguel deixou crescer o seu bigode com um corte hitleriano, o Leal fez uma pelada no cabelo por acidente – o que o levou a rapar todo o cabelo a pente zero e o Mando cortou-me as patilhas quase à força de uma forma indescritível por palavras enquanto escrevo este texto. Temos tudo para partir a louça Africa acima e certamente não vamos fazer por menos.



Da estadia na Guiné sinto-me forçado a fazer um balanço final sobre o estado deste país e sobre o nosso estado nele. A Guiné foi várias vezes comparada com Portugal, nas suas semelhanças, mas o que mais se destaca nesta comparação são as suas diferenças. Foi certamente o país mais caótico em que estive, no qual tudo funciona a empurrão e onde só o dinheiro vale alguma coisa. Isto é particularmente visível, como é óbvio, na capital onde impera a lei do cifrão e onde um branco é sempre sinónimo de muitos. A população sofre de uma taxa de desemprego bastante acentuada. As ruas têm electricidade regular apenas no centro da cidade enquanto que na periferia a têm na maioria das noites. Nesta mesma periferia há ruas com mais de vinte anos que ainda não têm saneamento ou pavimento.




Há ruas onde os carros não chegam porque o caminho, apesar de bastante largo, é demasiado acidentado e caminhar de noite quando não há luz nem lua apresenta um risco considerável. Nos meios mais rurais que conhecemos acontece, tal como em Portugal e em todo o mundo: a humildade, hospitalidade, amizade e respeito crescem consideravelmente atingindo níveis quase impecáveis. O país funciona mal onde seria suposto funcionar bem e funciona bem onde tal não era de esperar. A polícia aqui é corrupta sempre que tem oportunidade e há poucas excepções, fomos aldrabados em 40.000 FG (cerca de 7 euros) pelo chefe da polícia de Kankan e parámos em todos os controles policiais por que passamos onde imperava a caça à multa e aos presentes de recordação que devíamos oferecer pela nossa estadia no país. Os preços Fote (branco no idioma Sussu) estavam sempre mais do dobro ou triplo acima do preço normal das coisas. Apenas em Sangbarala, em Kokoudouning e no Faranah nos conseguimos sentir em casa.

Esta viagem mudou o interior – e exterior! – destes três jovens que partiram numa viagem que se lhes apresenta como “a primeira viagem única de uma vida”
.

Ficamos mais “espertos”, mais audazes e mais atentos ao que nos rodeia. Tivemos oportunidade de, no meu caso e no do Leal, ter, como primeiro trabalho depois de um curso acabado, a oportunidade única de começar uma carreira profissional ou artística da melhor forma. E o Armando teve oportunidade de conhecer como nunca um país, uma cultura e uma música que adora. Entrevistou alguns dos seus ídolos e “figuras sagradas” e deu-se ao luxo de se alojar em casa deles. Safamo-nos bem na Guiné, apanhamos alguns sustos mas nunca desesperamos, fizemos bons negócios, muitos quilómetros e aprendemos muito. Escola da vida… Amanhã a Aurora arranca cedo e não sei se este texto entrará para o blogue neste dia ou se terá que esperar mais alguns até que entremos na Mauritânia –partindo do principio que em Nioro não haverá Internet e que sairemos de Bamako ainda antes dos Afrocyber-Cafés abrirem as portas ao público.


Africa acima, em tom de plágio, voaremos altos e sonhadores!


“Jusq à ici, tout va bien, le important c’est pas la choute... c’est la aterrisaje!“ – “Ou bien? Voilááhh!!!! C’est ça quoi?! – Merci!”


Texto: Nuno Ribeiro
Foto: Ricardo Leal
Mentor:Armando Santos

6 comentários:

Anónimo disse...

Bem...nem sei como começar! Com uma coisa a mais e algunas a menos, se me cruzasse contigo na rua não te conhecia!: cabelo...nenhum; alguns quilos a menos...; uns pelos a mais por cima do lábio superior e em vez de Ricardo Leal passaste a ser Ricardo Santos...enfim! Estás bem difarçado...!Pensando agora no teu regresso,tenho que pensar em reforçar a dispensa...Bom, falando agora da viagem, coitada da "aurorinha" mais carregada que nunca...!Tenham cuidado...claro que têem, como diz o Nuno e bem, a vida com as suas experiências boas ou menos boas ensina-nos...Vão dando notícias e agora chega de conversa...um beijão grande de toda a família e amigos que estão sempre a perguntar por ti...tenho-lhes dito que regressas em Maio mas estou confiante que chegam mais cedo...avisem o regresso, pois esta gente que vos patrocinou merece estar à vossa chegada e claro que nós família não esperamos outra coisa.....Beijão grande do paizão, da Rita e de mim um do tamanho do mundo.Beijos ao nuno, ao Mandinho e ao espanholito, que sem o conhecer já gosto dele.........Beijos................

Anónimo disse...

Eh... demais!
As fotos tão lindas assim como o texto.
bjinhos para todos um especial para o meu primo nuno
:)

Anónimo disse...

cada vez mais inspirador*fotos bonitas a demonstrar um percurso bonito
beijinho

Anónimo disse...

Notícias finalmente!!!!
Grande aventura a vossa: risos, rios, cheiros, sabor das comidas, percursos, caminhos, poeiras, espaços sem fim, desafios, conhecimentos, histórias de gente grande, descobertas ímpares!
Adivinho como vai ser difícil o "voltar à realidade"!!!!
Bom regresso... cá vos esperamos. beijos de toda a gente Rose

Anónimo disse...

Força ai camaradas...espero-vos em Junho/Julho, sei que não dispensam uma estadia de pelo menos um mês em Marrocos!!

"Que lindas pah"

su pires disse...

Escrevo apenas para enviar 3 beijos.
Primeiro um muito grande para esse grande grande fotógrafo, o ricardo...eu já era tua fã mas agora mais do que nunca...simplesmente adoro as tuas fotos.. estão lindas!!
depois dois beijinhos igualmente gds para o nuno e para o mandinho.

continuem o bom caminho!!

beijinhos da susaninha, a pires;)